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  • Foto do escritorBitten Magazine

A verdade sobre a mentira


Dia 1 de abril celebrou-se o dia das mentiras, uma data com cunho francês, criada por mera brincadeira pelo povo, no século XVI. Desde então, tem-se difundido pelo mundo (o dia, pois a mentira é-nos quase inerente).


Contudo, não podemos falar em mentira sem primeiramente explorarmos o conceito de verdade. O que é a verdade? O que é verdade? Como se define?


Pois bem: a filosofia tem-se debruçado sobre a sua definição e explica-a como algo que está de acordo a realidade (sendo a realidade estipulada dentro de um determinado sistema de valores) ou como algo que respeita um padrão.


A verdade sobre a verdade é que ela está sempre dependente de um ponto de vista individual ou coletivo, o que a torna subjetiva. É, no fundo, uma interpretação mental confirmada por outros seres humanos ou pela ciência, que prevê determinado acontecimento mediante condições semelhantes.


Mas porque mentimos?


Mentimos pelos mais diversos motivos, quer seja para proteger alguém ou a nós próprios, quer seja por vergonha, para agradar ou para evitar uma consequência. Mentimos sobretudo por medo: medo de ser inferior, medo de não conquistar um objetivo profissional, medo de não sermos desejados, amados ou apreciados, medo de sermos desrespeitados, medo de perder.


Mentimos por autoafirmação, por insegurança, por falta de autoestima, por falta de conhecimento, por imaturidade, por não querer assumir as responsabilidades.

Independentemente do motivo e da ética, mentir produz uma série de respostas físicas que podem denunciar o mentiroso. Por exemplo: falta de contacto visual, ansiedade e nervosismo, dar demasiados pormenores ou nenhuns sobre um assunto, entrar em contradição, tentar desviar a conversa, linguagem verbal e não-verbal em dissintonia, tom de voz elevado ou irritação, tentar culpabilizar o outro ou ofendê-lo.


A ciência também encontrou forma de detetar a mentira, através do polígrafo, um aparelho que mede e grava registos das variações fisiológicas (pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura do corpo e dilatação das pupilas) que ocorrem quando uma mentira é contada.


Se quer descobrir uma mentira, faça a mesma pergunta de formas diferentes, questione de forma aberta e, após a resposta, manifeste silêncio. Se a pessoa estiver a mentir, voltará a falar apressadamente, tentado encobrir lacunas que acredita que possa ter deixado. Observe alterações comportamentais, a linguagem corporal, como braços ou pernas cruzadas, coçar o rosto ou o nariz, piscar de olhos frenético, voz trémula, pele vermelha, mãos frias, mãos nos bolsos, olhar para o lado esquerdo, engolir em seco, colocar a mão no pescoço, apontar os pés numa posição contrária à do interlocutor ou contrair os ombros.


Segundo os estudos, mentem-nos, em média, 10 a 200 vezes por dia. Assim como está comprovado que os homens mentem duas vezes mais do que as mulheres. No fundo, se considerarmos que, numa conversa de 10 minutos, 60 % das pessoas conta uma mentira, começamos a questionar a interação social.

Os médicos advertem para os malefícios da mentira para a saúde: estado constante de alerta que provoca ansiedade, desgaste emocional, palpitações, distúrbios de sono, angustia, raiva, revolta, culpa e tristeza. Pode inclusivamente transformar-se em doença.

A mentira tem perna curta, por isso, evite-a!

 

Depois de publicarmos este artigo no Facebook, recebemos uma e-mail de uma das nossas leitoras, que partilhou connosco como é ser mitomaníaca. Curioso? Leia-o aqui:

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